“Quando nos tornamos reféns de nós mesmos”

Seria engraçado senão fosse preocupante o fato de que o avanço tecnológico de alguns equipamentos eletrônicos, entre eles os smartphones, i-pod, mp3, etc. Podem nos levar a perder o a sensibilidade do convívio social.

O que era antes o “Bar Encontro dos Amigos” aonde o que se via eram rodas de mesa que estavam amigos conversando sobre futebol, contando piadas, fazendo resenha com todos, é agora um lugar altamente tecnológico, passou a ser chamado de “botequim.com” ou “youtubar”.

Pois é, nessas rodas o que vemos agora são amigos, muitos virtuais, é claro sentados de olhos fixos em uma tela com pequenas polegadas, ou amigos viajando em si mesmo, estando livres, mas sendo presos em fios que saem de seus potentes equipamentos mínimos de ultimas geração e conduz ao ouvidos, que conduz a surdez e depressão, sem se importar com nada ao redor, muito menos consigo. Mas de grande capacidade de isolar o homem em si mesmo, fazendo ele refém de si próprio.

As conversas agora já não tem mais o mesmo calor de antes. As apostas essas que perderam seu encanto totalmente,pois na dúvida , “dá o Google nela” e aí tudo se resolve. A sensação de quem ainda não tem um smartphone é no mínimo frustante, pois além de estar defasado tecnologicamente se torna um zumbi real fruto de um mundo virtual, sem contar que a atenção antes destinadas ao amigos reais, hoje são direcionadas ao que se chama “Comunidades” , “MSN”, “Skype”, “twitter” , até os apelidos mudaram, passaram a ser chamados agora de “twitteiros”, “blogueiros”, etc.
Para aquele amigo que era o melhor contador de piadas, hoje foi substituído por um vídeo engraçado do “Youtube”, as fofocas foram trocadas pelos seguidores de “Twitter” ou do “Facebook”. Essa permuta além de ser injusta contribui para grandes problemas de relacionamento familiar, a compulsão por ler “meu e-mais” é tão grande que chega a estragar um passeio familiar.

Adquirimos produtos caros para facilitar nossas vidas, mas que na verdade são instrumentos que contribuem para o isolamento de cada um. Tenhamos cuidado com o uso desses equipamentos, afinal nenhuma tecnologia substitui o calor humano.
Lutemos para que grande e digníssima prática de ler jornal no banheiro não seja substituída por nenhum “chip” de informações.

Elder dos Anjos